A crescente importância que o tema sustentabilidade vem tendo em diversos países tem influenciado decisões governamentais no que dizem respeito ao planejamento energético. O relatório Transition Trends 2020, da Bloomberg New Energy Finance (BNEF) aponta que 2/3 da energia elétrica adicionada na matriz elétrica mundial veio das fontes solar e eólica, sendo que a energia solar corresponde a 45% do total adicionado, ou seja, quase metade de toda nova energia elétrica gerada no planeta.
Nos últimos anos a participação da energia solar na geração de energia elétrica tem crescido a taxas superiores a 30% ao ano (35% ao ano entre 2010 e 2019). Esse crescimento tem sido facilitado pela expressiva queda no preço dos equipamentos (queda de mais de 85% na última década, de acordo com o estudo citado acima).
Atualmente, o tempo de retorno do investimento (payback) para um sistema residencial de geração de energia fotovoltaico no Brasil fica entre 3,4 anos (em Minas Gerais) e 5,7 anos (em Santa Catarina), segundo o Estudo Estratégico de Geração Distribuída da Greenerpara o 1º semestre de 2020. Os constantes reajustes nas tarifas de energia elétrica tendem a fazer com que esses valores de payback sejam reduzidos.
O Brasil é um dos países signatários do Acordo de Paris, onde se comprometeu reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estufa no meio ambiente até o ano de 2025, tendo como referência as emissões registadas em 2005, ano em que o País emitiu aproximadamente 2,1 bilhões de toneladas de gás carbônico (CO2).
Considerando os dados apresentados, podemos concluir que o futuro da energia dólar fotovoltaica no Brasil é bastante promissor, pois o país apresenta condições climáticas que favorecem o uso desse tipo de sistema, além de uma das contas de energia mais caras do mundo.